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Dúvidas Frequentes

O que é:
Dilatação anormal e permanente de um determinado segmento das artérias.

Como se desenvolve:
É o enfraquecimento da parede arterial, congênito, como no caso de alguns aneurismas intracranianos, ou secundário a certas doenças – inflamações, infecções, traumatismos ou degeneração, sem dúvida a mais frequente, causada pela aterosclerose, patologia de elevada incidência na população.

Quais são os sintomas:
Em princípio, qualquer artéria pode ser acometida, mas é a aorta abdominal, especialmente em seu segmento abaixo das artérias renal, a mais frequentemente envolvida pelo aneurisma. Um vez enfraquecida a parede arterial, ela cede à constante pressão pulsátil do sangue em seu interior e, se dilata. A partir daí e, de acordo com conceitos de leis físicas, essa dilatação aumenta cada vez mais, progredindo inoxeravelmente para a rotura da artéria, situação sempre de extrema gravidade, que pode culminar com o óbito do paciente, às vezes até mesmo antes que ele consiga alcançar recursos médicos

Como se faz o diagnóstico:
Normalmente o aneurisma da aorta abdominal é detectado ao exame clínico de rotina quando tem em torno de 5cm de diâmetro. O Rx simples de abdômen em perfil pode mostrar a calcificação da parede aneurismática, delineando o aneurisma em seus limites. A ecografia abdominal, em virtude de sua inocuidade, baixo custo e resolutividade, tem sido o exame mais usado para o diagnóstico. A ecografia é usada para o seguimento dos aneurismas, naqueles casos não operados. A tomografia computadorizada proporciona imagens mais precisas que a ecografia, dando informações mais completas em relação aos limites, tamanho e localização do aneurisma. A arteriografia também pode ser utilizada, porém não é um exame indispensável para todos os casos de aneurisma. Em alguns casos é um exame necessário para programação da cirurgia. No entanto não serve como exame de rotina; pode falhar na delimitação do aneurisma e até mesmo no diagnóstico. A ressonância magnética proporciona uma ótima imagem para o diagnóstico do aneurisma, porém é um exame caro e presente em poucos centros médicos.

Como se trata:
Os aneurismas da aorta abdominal, quando não operados, podem apresentar complicações como a trombose aguda, embolia arterial, corrosão de corpo vertebral e compressão de estruturas vizinhas. Porém, a complicação mais frequente e temida dos aneurismas é a ruptura. Em virtude basicamente da rotura, é indicada a cirurgia do aneurisma. Os aneurismas, em processo de rotura eu expansão rápida, são sintomáticos e tem indicação cirúrgica indiscutível. Os aneurismas assintomáticos têm indicação cirúrgica eletiva e obedece a alguns critérios, como o risco de ruptura, risco da cirurgia e expectativa de vida do paciente. O risco de ruptura é basicamente relacionado ao diâmetro do aneurisma. Os aneurismas com dimensões maiores têm um risco mais elevado de rompimento. A cirurgia consiste na retirada do aneurisma, com restabelecimento do fluxo arterial com uso de prótese (cirurgia convencional), e mais recentemente através da terapia endovascular, onde esses aneurismas são tratados por uma técnica minimamente invasiva, com a colocação de uma endoprótese internamente ao aneurisma.

O que é:
É um processo infeccioso do derma (camada da pela), causado pelo estreptococo (espécie de bactéria), e que agride os vasos linfáticos. É também conhecido pelos seguintes nomes: espira, mal-de-praia, mal-de-monte, maldita, febre-de-santo-antonio.

Como se desenvolve:
A partir da lesão causada por fungos (frieira) entre os dedos dos pés, arranhões na pele, bolhas nos pés produzidos por calçado, corte de calos ou cutículas, coçadura de picada de inseto, pacientes com insuficiência venosa crônica ou com diminuição do número de linfáticos, tem uma predisposição maior de adquirir a doença, como é o caso de pacientes submetidas a mastectomia, portadoras de linfedema.

Quais são os sintomas:
Os primeiros sintomas podem ser aqueles comuns a qualquer infecção: calafrios, febre alta, cefaleia, mal-estar, náuseas e vômitos. As alterações da pele podem se apresentar rapidamente e variam desde um simples vermelhidão, dor e inchaço até a formação de bolhas e feridas por necrose da pele. A localização mais frequente é o nos membros inferiores, na região acima dos tornozelos, mas pode ocorrer em outras regiões como face e tronco. No início a pele se apresenta lisa, brilhosa, vermelha e quente. Com a progressão da infecção, o inchaço aumenta, surgem as bolhas de conteúdo amarelado ou achocolatado e, por fim, a necrose da pele. É comum o paciente queixar-se de íngua.

Como é feito o diagnóstico:
É feito apenas pelo exame clínico, analisando os sintomas apresentados pelo pacientes. Não há necessidade de nenhum exame de sangue ou de outro exame especial da circulação, a não ser para acompanhar a evolução do paciente.

Como tratar e prevenir:
O tratamento consta de várias medidas realizadas ao mesmo tempo e só deve ser administrado pelo médico: • uso de antibióticos específicos para eliminar a bactéria causadora; • redução do inchaço, fazendo repouso absoluto com as pernas elevadas, principalmente na fase inicial. Pode ser necessário o enfaixamento da perna para diminuir o edema mais rapidamente; • fechamento da porta de entrada da bactéria, tratando as lesões de pele e as frieiras; • limpeza adequada da pele, eliminando o ambiente adequado para o crescimento das bactérias; • uso de medicação de apoio, como anti-inflamatórios, antifebris, analgésicos e outras que atuam na circulação linfática e venosa; As crises repetidas de erisipela podem ser evitadas através de cuidados higiênicos locais, mantendo os espaços entre os dedos sempre bem limpos e secos, tratando adequadamente as frieiras, evitando e tratando os ferimentos das pernas e tentando manter as pernas desinchadas. Deve-se evitar engordar, bem como permanecer muito tempo parado, em pé ou sentado. O uso constante de meia elástica é uma grande arma no combate ao inchaço, bem como fazer repouso com as pernas elevadas sempre que possível. Procurar um especialista quando apresentar qualquer dos sintomas iniciais da doença, relatados anteriormente.

Introdução
A despeito dos avanços na medicina, a literatura médica continua registrando elevadas taxas de amputações em membros inferiores em portadores de diabetes mellitus. Estas amputações são decorrentes de complicações dos nervos (neuropatia) e/ou da circulação (isquemia) e/ou infecção, denominada genericamente de “Pé Diabético”.
A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Regional da Bahia, consciente desta incômoda situação e por entender que grande parte destas amputações podem se dar por causa da falta de conhecimento sobre o assunto, resolveu escrever algumas considerações.

O que é pé diabético:
O Consenso Internacional sobre Pé Diabético (International World Group of Diabetic Foot – IWGDF, 1999) define o pé diabético como: “Infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos profundos associadas a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica no membro inferior”, portanto, devemos entender que o pé do indivíduo portador de diabetes melito pode apresentar alterações relacionadas aos nervos e circulação, que pode ser agravada pela presença de feridas principalmente se ocorrer infecção. É importante entender que estas alterações podem se apresentar em intensidade variada, ou seja, desde situações mais simples até as mais graves. Deve-se evitar o entendimento habitual de que o pé diabético se resume apenas aos casos mais graves, como, gangrenas, necroses, abscessos, etc., porque se entendermos assim os estágios iniciais das complicações não serão incluídos na assistência, principalmente as fases iniciais de risco para o desenvolvimento de uma úlcera/ferida, quando as medidas preventivas são fundamentais.

Qual o tratamento do pé diabético:
Todos os diabéticos devem seguir as instruções de cuidados com os pés (veja abaixo na parte de Prevenção).
Todos os diabéticos devem ter seus pés examinados para saber em que situação se encontra no momento e daí se definir as formas mais adequadas de tratamento e /ou prevenção.
O tratamento propriamente dito depende da alteração que o indivíduo apresenta.
Por exemplo:
Em um diabético com boa condição circulatória:
– Se apresenta apenas diminuição da sensibilidade nos pés deve ter todos os cuidados básicos e mais calçados apropriados que acomodem bem seus pés sem traumatizá-los.
– Se apresenta deformidades além da diminuição da sensibilidade nos pés deve ter todos os cuidados básicos e mais calçados/ palmilhas moldadas à deformidades de seus pés.
– Se apresenta sinais de infecção deve procurar de imediato seu médico ou um pronto socorro, pois, precisará usar antibióticos e poderá ser necessário uma operação, na qual deve ser retirado todo tecido destruído pela infecção e curativos adequados.
Entretanto em um diabético com problemas de circulação:
– Se não apresenta feridas ou dor em repouso pode ser tratado com medicações específicas, suspensão definitiva do fumo, exercícios tipo caminhadas e controles gerais de colesterol, triglicérides, glicemia, etc.
– Se apresenta feridas, gangrenas ou dor em repouso deve ser avaliado de imediato por um angiologista/ cirurgião vascular para ser definido o tratamento mais adequado para melhorar a circulação. Em alguns casos mesmo com a operação para melhorar a circulação, às vezes pode ser necessária uma amputação em dedos, pé podendo também atingir o nível da perna ou coxa.

Por que há necessidade do diabético ter cuidados preventivos com os pés:
A prevenção se faz importante e necessária na medida em que as considerações feitas apontam no sentido de que pequenas alterações nos pés podem evoluir e chegar a situações mais graves.
Por outro lado, a literatura médica demonstra que a identificação precoce das alterações dos pés dos diabéticos e a aplicação de classificações de risco permitem a adoção de oportunas medidas terapêuticas e preventivas que resultam em redução na taxa de ulceração e conseqüentemente das temidas amputações.
Esta identificação precoce das alterações pode ser feita por meio de exame clínico adequado com auxilio de exames auxiliares de maior ou menor complexidade, de modo que é necessário antes de qualquer medida que o diabético tenha seus pés examinados e classificados para que se possam adotar as medidas preventivas ou de tratamento propriamente dito como foi dito acima.

Como é feita a prevenção:

A palavra prevenção encerra mais que esta lista de instruções

  • Examine, todos os dias, os seus pés. Verifique se existem bolhas, calos, úlceras, micose entre os dedos ou infecções. Examine seus pés pela manhã ao acordar, e à noite, ao deitar. Use um espelho para “olhar” as solas dos pés ou peça a ajuda de um parente, amigo ou vizinho;
  • É necessário secar bem os pés, cortar e cuidar periodicamente das unhas;
  • Andar é o melhor exercício para a circulação. Ande pausadamente e de forma regular. Mesmo que sejam apenas alguns metros por dia. Entretanto, no caso de feridas ou lesões, pode ser o repouso necessário. Consulte seu médico;
  • Abandone o hábito de fumar, para preservar a sua circulação;
  • Nos dias frios, proteja os pés usando meias de lã ou algodão, bem folgadas. Nunca use nada que aperte seus pés e possa prejudicar o fluxo sangüíneo;
  • É recomendável fazer um exame diário dos sapatos, evitando pregos ou corpos estranhos soltos no interior deles;
  • Nunca confie em sua sensibilidade térmica (de temperatura) ou dolorosa (de dor). Evite os excessos de calor e frio. O fato de você sentir que seu pé está “frio” não significa que este esteja. Nunca aplique saco de água quente nos pés;
  • Nunca use remédios ou produtos químicos nos pés sem consultar o especialista. Devido ao diabetes, produtos corriqueiros podem ser danosos para a sua pele.
  • É importante que você visite seu médico com regularidade, mesmo que pense que está tudo bem. Procure saber o endereço e os telefones de seu médico, bem como os de seus assistentes. Se não encontrá-lo, procure um pronto-socorro.

O que é:
É o desenvolvimento de um “coágulo de sangue” dentro de um vaso sanguíneo venoso, sendo as veias dos membros inferiores as mais atingidas. A TVP é também a responsável pela embolia pulmonar.

Como se desenvolve:

  • Hipercoagulidade: situação em que há um desequilíbrio em favor dos fatores procoagulantes. Isto pode ocorrer durante a gravidez, nas cinco primeiras semanas do pós-parto, uso de anticoncepcionais orais, hormonioterapia trombofília (deficiência congênita dos fatores da coagulação), etc.
  • Traumatismo da veia: qualquer fator que provoque lesão na fina e lisa camada interna da veia, tais como: trauma, introdução de medicação venosa, cateterismo, trombose anterior, infecções, etc.
  • Estase venosa: é a estagnação do sangue dentro da veia. Ocorre durante a inatividade prolongada, tal como permanecer sentado por longo período de tempo (viagens de avião ou automóvel), pessoas acamadas, cirurgias prolongadas, dificuldade de deambulação, etc.

Embora possa acometer casos de qualquer segmento do organismo, a TVP acomete principalmente as extremidades inferiores (coxas e pernas).
Algumas pessoas estão sob risco de desenvolver TVP, quais sejam: história de TVP anterior ou embolia pulmonar, varizes, paralisia, anestesia geral, raquideana prolongadas, cirurgias ortopédicas, fraturas, obesidade, quimioterapia, imobilização prolongada (síndrome da classe econômica), uso de anticoncepcionais, gravidez, queimaduras, entre outros.

Quais são os sintomas:
Embora alguns pacientes possam apresentar-se assintomáticamente, os sintomas mais comuns são: dor, inchaço, endurecimento do membro acometido, aumento de temperatura cutânea no local da trombose, e em alguns casos, coloração azulada na(s) perna(s). Nessas situações, a pessoa deve procurar imediatamente o especialista.

Como se faz o diagnóstico:
O médico pode diagnosticar uma tromboflebite superficial apenas baseado nos seus sintomas e examinando a veia afetada. Mas na maioria das vezes são necessários exames complementares específicos, tais como: flebografia, ecodoppler a cores (Ultra-sonografia) e ressonância magnética.

Como se trata:
O tratamento só deve ser instituído por um especialista. Se a trombose é superficial, recomenda-se cuidados especiais, tais como aplicação de calor na área afetada, elevação das pernas e uso de antiinflamatórios não esteróides por um período de uma a duas semanas. Deve-se retornar ao especialista, a fim de avaliar a necessidade de tratamento cirúrgico.
Após o diagnóstico da TVP, pode ser necessário manter-se internado durante os primeiros dias, a fim de fazer uso de anticoagulantes injetáveis (heparinas). Esse tipo de medicação previne o crescimento do trombo e diminui o risco de embolia pulmonar.
Mais recentemente, e em situações selecionadas, o tratamento da TVP pode ser feito na própria residência do paciente, usando-se as heparinas de baixo peso molecular, em associação com anti-coagulantes de uso oral.

Quais são as complicações da TVP:

  • Imediatas ou agudas – a mais temida é a embolia pulmonar. O coágulo da veia profunda se desloca, podendo migrar e ir até o pulmão, onde pode ocluir uma artéria e colocá-lo em risco de vida.
  • Tardia – Pode apresentar a síndrome chamada Insuficiência Venosa Crônica, que começa com a destruição das válvulas existentes nas veias e que são responsáveis por direcionar o sangue para o coração, causando com isso, uma inversão e retardo do retorno venoso. O sinal mais precoce de IVC é o edema (inchaço), seguido do aumento de veias varicosas e alterações da cor da pele. Se o paciente não é submetido a um tratamento adequado, segue-se o endurecimento do tecido subcutâneo, presença de eczema e, por fim, a tão temida úlcera de estase ou úlcera varicosa.

Como se previne:

  • Em situações que seja necessário a longa permanência sentado(a), movimente os pés como se estivesse utilizando uma máquina de costura.
  • Quando estiver em pé parado, mova-se discretamente como se estivesse andando sem sair do lugar.
  • Antes das viagens de longa permanência, fale com seu medico sobre a possibilidade de usar alguma medicação preventiva.
  • Quando estiver acamado, faça movimentos com os pés e as pernas.
  • Evite fumar.
  • Use meia-elástica, caso o seu tornozelo apresente inchaço freqüentemente.
  • Não se automedique.
  • Se for necessária a utilização de hormônios, ou se você já foi acometido de trombose, ou ainda se existe história familiar de TVP, consulte regularmente seu médico.
  • Se for submetido a algum tipo de procedimento cirúrgico, ou internamento clínico prolongado, solicite do seu médico uma conduta profilática (química e ou mecânica, para reduzir os riscos de desenvolver a doença tromboebólica.

O que é:
Conhecidas também como Úlceras Varicosas, decorrem de um transtorno na circulação de retorno das pernas – toda a circulação sanguínea de retorno ao coração é feita pelas veias. Cerca de 73% das úlceras de perna são de origem venosa e podem estar ligadas a uma série de causas, como:

  • Ferimentos infectados;
  • Doenças infecciosas;
  • Defeitos de glóbulos sanguíneos, como a anemia falciforme;
  • Doenças auto-imunes, como a esclerodermia;
  • Hipertensão arterial;
  • Má irrigação sanguínea da perna (úlceras isquêmicas);
  • Úlceras dos diabéticos;
  • Tumores de pele;
  • Úlceras venosas.

 

Quais são os sintomas:
Dor, cansaço, sensação de peso nos membros inferiores, edema, coceira nas áreas onde há inflamação da pele. Costuma ser pouco dolorosa, manifestando-se em casos onde há infecção associada, ou em pacientes hipertensos sem o controle adequado da pressão arterial.

Como é feito o diagnóstico:
Através de exame clínico, sendo algumas vezes necessário estudo detalhado da circulação venosa. A Flebografia ou Ecodoppler venoso, são alguns exemplos de exames para a execução do referido estudo.

Como tratar e prevenir:

  • Evitar ficar muito tempo em pé ou sentado durante o dia;
  • Sapatos altos;
  • Obesidade;
  • Exercícios com peso;
  • A pratica de exercícios, como por exemplo, caminhada, ciclismo, natação, porém sem excessos.

De acordo com o tipo de ulceração, se o paciente ficar em repouso absoluto, com as pernas elevadas, elas podem curar-se sem o uso de medicamentos. Uma das principais medidas é manter a ferida limpa. Atualmente, estão disponíveis vários tipos de curativos que agem mantendo a ferida fechada, mas qualquer um deles deve estar associado à compressão, feita por ataduras ou meias elásticas que, assim como os curativos, devem ser indicadas pelo médico especialista. Quando as úlceras são extensas e não existe infecção, pode-se fazer enxertia cutânea que, além de abreviar o tempo de cicatrização, permite maior resistência ao reaparecimento da úlcera. Em muitos casos de úlceras varicosas, pode haver a indicação de tratamento cirúrgico, depois de um estudo cuidadoso feito pelo médico especialista. Só devendo ser realizada após a cicatrização da úlcera ou quando já estiver totalmente isenta de material purulento.

O doppler venoso das pernas é um exame invasivo? Envolve injeções ou uso de contraste?
O doppler ou duplex scan venoso dos membros inferiores é uma ultrassonografia do território vascular venoso. Trata-se de um exame não invasivo, sem punções, injeções ou uso de contraste.

 

O doppler é o melhor exame para avaliação das varizes antes da cirurgia?
Sim. Por ser facilmente disponível e ter alta probabilidade de somar informações ao diagnóstico, com baixo risco, o doppler atualmente é o melhor e mais utilizado exame complementar no pré-operatório da cirurgia de varizes.

 

Com quais informações adicionais ao exame físico o doppler pode ajudar?
O doppler mostra as variações de anatomia das veias, além de pontos de início e final de refluxo (informações hemodinâmicas) das mesmas, determinando com precisão segmentos que devem ser abordados na cirurgia e tornando o tratamento muito mais eficiente e preciso.

 

É recomendada a realização do doppler em um paciente que será submetido à cirurgia de varizes?
Sim. O doppler servirá como um guia da circulação venosa, registrando os segmentos normais e alterados, definindo quais veias devem ser tratadas pelo cirurgião vascular.

 

Preciso de algum preparo para fazer um doppler venoso dos membros inferiores?
Não é preciso nenhum tipo de preparo específico para realizar o doppler venoso, dispensando jejum ou uso de medicações prévias.

 

Quais as limitações do exame? Em alguma situação ele pode não ver adequadamente as veias?
Como em todo exame de ultrassom, elementos que impeçam a transmissão da sua onda – como gás e próteses metálicas – além de vasos mais profundos e com maior estase (fluxo mais lento), dificultam a avaliação adequada.

 

O exame de doppler envolve uso de radiação (RX)?
O doppler não utiliza radiação. É um exame de ultrassonografia dos vasos, onde a energia das ondas sonoras é convertida em imagem e o fluxo do sangue é traduzido em gráfico de velocidade.

 

O doppler pode ser feito mais de uma vez caso necessário? Faz algum mal?
Sim. Por ser não invasivo, o doppler pode ser repetido quantas vezes se faça necessário, para programar e acompanhar o tratamento das varizes ou alguma outra alteração.

 

Dra. Túlia Brasil
CRM-BA 15876
Especialista em Cirurgia Vascular pela SBACV-BA
Área de Atuação em Ecografia Vascular com Doppler

O que é o laser transdérmico para o tratamento de varizes? É um método de escleroterapia?
É um tipo de luz muito específica aplicada sobre a pele, seletivamente absorvida pelo sangue, aquecendo-o sem aquecer os tecidos ao redor; ou seja, é um tipo de escleroterapia térmica.

 

Como esse tipo de laser age no tratamento das varizes?
O sangue aquecido (a altas temperaturas) causa a contração e, consequentemente, a oclusão do vaso.

 

Pode ser utilizado para o tratamento de qualquer calibre de varizes, ou somente microvasos?
Os melhores resultados são obtidos em telangiectasias ou varizes de pequeno calibre. Varizes calibrosas aquecem e contraem com o laser transdérmico, mas não o suficiente para a sua oclusão.

 

Existe contraindicação ao uso do laser?
Pacientes que possuem algumas doenças (como o vitiligo) e em uso de medicações fotossensibilizantes (como a isotretinoína) devem evitar o método.

 

O tipo de pele interfere no tratamento?
Sim. Peles mais morenas absorvem mais o laser (devido à maior quantidade de melanina), portanto a intensidade da luz deve ser diminuída para evitar queimaduras.

 

Durante o tratamento devo evitar a exposição ao sol?
Antes e depois do tratamento (em torno de uma semana) deve-se evitar exposição intensa ao sol, pois a pele fica fotossensibilizada.

 

O tratamento com laser é indolor?
Existe certo incômodo, que pode ser suavizado alterando os parâmetros do laser, mas é necessário causar o aquecimento para obtenção do resultado.

 

Podem existir efeitos indesejados com o uso do laser?
Vermelhidão temporária, alteração da pigmentação e formação de crostas (queimaduras) são possíveis. Para evitá-los, deve-se adequar o tipo de laser ao tipo de pele, parâmetros de intensidade e tempo da aplicação do laser, checar doenças prévias e medicações em uso e utilizar métodos de resfriamento da pele durante a sessão.

 

O laser pode ser realizado em conjunto com outro método de escleroterapia?
Sim. Dependendo do caso, a associação com escleroterapia química melhora muito o resultado.

 

Por que é importante que o laser para o tratamento das varizes seja realizado pelo médico angiologista ou cirurgião vascular?
“Vasinhos” e varizes em membros inferiores podem ser alimentados por veias nutrizes, fístulas arteriovenosas, ter origem pélvica/abdominal ou vir de um episódio pós-trombose. Além do entendimento sobre o laser e as reações biológicas causadas, somente o especialista conhece a fundo a fisiopatologia da doença venosa, sendo o mais indicado para diagnosticar e realizar o tratamento adequado.

 

Dra. Miriam Takayanagi
CRM-BA 17482
Especialista em Cirurgia Vascular pela SBACV-BA

O que são varizes?
Varizes nos membros inferiores é uma doença circulatória muito frequente e se caracteriza pela dilatação permante e irreversível das veias superficias. Por tanto, as varizes não são veias obstruídas (entupidas) como frequentemente se pensa.

 

Qual a diferença de vasinhos (telangectasias) e varizes?
Os vasinhos são varizes de pequeno calibre e não se transformarão em varizes volumosas.

 

Qual a causa mais comum de varizes dos membros inferiores?
A causa mais comum das varizes dos membros inferiores é a hereditariedade.

 

Quais os sintomas provocados pelas varizes?
Podem ser totalmente assintomáticas (não provocar sintoma algum, fora o desconforto estético) ou podem provocar sensação de peso nas pernas, inchaço, dor e em casos mais graves, feridas (úlceras).

 

Usar salto alto ou cruzar as pernas provoca varizes?
Não está demonstrado que o uso de salto alto ou cruzar as pernas possa provocar varizes.

 

Como se faz o diagnóstico?
Na maioria dos casos o diagnóstico das varizes é clinico, mas às vezes só é possivel diagnosticá-las com o auxilio de ultrassonografia vascular (doppler).

 

Quais os tratamentos geralmente utilizados?
Existem dois tratamentos possíveis para eliminar as varizes: a cirurgia e a escleroterapia (esta última pode ser feita por vários métodos).
O uso de meias elásticas e medicações também podem aliviar os sintomas.

 

Quais as complicações que as varizes podem provocar?
Abandonadas a sua própria evolução, podem provocar sérios problemas circulatórios, com aparecimento de feridas (úlceras), inclusive levando à incapacidade para o trabalho.

 

Posso prevenir o aparecimento das varizes? Como?
É muito difícil, se não impossível, prevenir o aparecimento de varizes nas pessoas que têm predisposição (tendência) familiar. Porém, pode-se adiar ou diminuir as chances do aparecimento evitando os fatores que além da hereditariedade favorecem o desenvolvimento da doença, como obesidade, tabagismo, sedentarismo e uso de alguns contraceptivos ou terapia de reposição hormonal nas mulheres.

 

Depois de tratadas, as varizes podem voltar?
As varizes tratadas (eliminadas) não voltam. Ocorre que por tratar-se de doença hereditária e por existirem inúmeras veias passíveis de adoecer , outras varizes poderão sugir ao longo da vida após o tratamento inicial.

 

Dr. Cosme Humberto Techera
CRM-BA 6151
Especialista em Angiologia pela SBACV-BA

Existem medicamentos para o tratamento das varizes?

O tratamento das varizes através de medicamentos é empregado visando a melhora dos sintomas por elas provocadas, mas não são capazes de eliminá-las. De fato os medicamentos são uma parte do tratamento que habitualmente envolvem cuidados físicos, nutricionais, meias compressivas, escleroterpia e até cirurgia conforme o caso.

 

Que efeito posso esperar com o tratamento das varizes com medicamentos orais ou cremes?
Os medicamentos podem ser muito úteis para minimizar os sintomas provocados pelas varizes em determinadas fases da doença, como pernas cansadas, pesadas, e em especial o edema de natureza venosa. As medicações de uso local, tópico também pode trazer alívio a estes sintomas, assim como auxiliar no tratamento de “hematomas” e manchas roxas que, podem estar associadas. Portanto, não há como eliminar propriamente as varizes usando tais medicamentos.

 

Mesmo com o uso dessas medicações, os sintomas podem persistir?
Sim. Os sintomas dependem do estado em que se encontra a doença. A combinação de medidas é que vai proporcionar uma resolução adequada.

 

Podem existir contraindicações ao uso dessas medicações?
Boa parte das medicações utilizadas para o tratamento sintomático das varizes são de origem natural, mas como qualquer outra medicação, pode haver contraindicação, seja por intolerância aos componentes da fórmula ou pela concomitância de outras doenças.

 

Essas medicações precisam ser prescritas pelo médico?
Certamente. A indicação depende do conhecimento farmacológico da substância, interações e também da patologia da doença venosa em si. Portanto, o médico especialista em angiologia ou cirurgia vascular reúne o conhecimento necessário a uma indicação bem conduzida.

 

Uma pessoa com varizes precisa obrigatoriamente usar medicação a vida toda?
Não. O benefício do medicamento dependerá das condições da própria doença e do paciente em questão. Como os medicamentos são facilitadores do processo relacionado ao retorno venoso do sangue, este benefício ocorre em curto e médio prazo. Outras medidas não medicamentosas poderão assegurar a melhora obtida a longo prazo, tornando improvável a necessidade de uso por toda a vida.

 

Existe alguma medicação oral ou creme que posso usar para os vasinhos ou as varizes desaparecerem?
Não. Medicamentos orais ou tópicos contribuem para o tratamento sintomático das varizes, ou seja, não interferem no surgimento de novas veias nem na remoção das existentes.

 

O tratamento das varizes com medicamentos orais ou cremes pode ser utilizado em pacientes que já fazem uso de medicações por outras doenças?
Sim. Antes de prescrever o medicamento, o médico especialista deverá identificar através da história obtida na entrevista (anamnese) quais os medicamentos e verificar a existência de contraindicações potenciais. Após isto é possível avaliar a relação do risco e benefício para apoiar este uso.

 

O uso de medicamentos orais ou cremes exclui o tratamento com meia elástica, escleroterapia ou cirurgia?
Não. A escolha do tratamento depende de cada caso, porém o uso combinado de técnicas de remoção e medicamentos se complementam na maioria das vezes. Cada um destes meios tem objetivos diferentes que buscam a melhora global.

 

O tratamento com medicação oral ou creme pode ser necessário mesmo após uma cirurgia ou tratamento com escleroterapia?
Pode sim. Não é obrigatório que sejam sempre associados. A intenção é criar condições que favoreçam a recuperação e deem conforto físico e/ou psicológico após os referidos tratamentos.

 

Dr. Marcelo Araújo
CRM-BA 9992
Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela SBACV-BA
Área de atuação em Ecografia Vascular com Doppler

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